segunda-feira, 30 de maio de 2011

Ildebrando D'Arcangelo - Mozart

Em primeiro lugar, quero agradecer aos comentários que recebi e pedir desculpas pela demora em aprová-los. Eu estou pegando o jeito da coisa aos poucos.

Vamos a mais um disco que trouxe na minha bagagem da Europa, que foi comprado de certa forma inspirado pela récita de Don Giovanni que assisti em Viena (récita que comentei no blog "Fanáticos da Ópera, que pode ser acessado por aqui).




D'Arcangelo é um baixo/barítono italiano que se especializou em papéis mozartianos e lançou esse ano, pela DG, um disco inteiramente dedicado a árias desse compositor para o seu registro.

Todas as principais árias do Leporello, Don Giovanni e Fígaro, alem de algumas de Cosi fan tutti, e de algumas árias de concerto formam o conjunto do CD.

Tendo-o visto cantar ao vivo primeiro (nunca tinha o ouvido antes) e após ouvindo o disco, assombrei-me. Embora ele não tenha ido mal na ópera, muito pelo contrário, ele parece MUITO melhor no disco, inclusive parecendo ter um registro mais grave do que me pareceu na ópera. Se ele consegue cantar assim, acredito que poderia tentar cantar as árias de Sarastro, que gosto muito (coisa que não fez).

O tenor é acompanhado pela Orquestra do Teatro de Turim, sob a batuta de Gianandrea Noseda.

Sendo Mozart especialidade do cantor e do regente, o conjunto todo agrada e muito.

Li algumas críticas reclamando de uma "interpretação mecânica" por parte do cantor, coisa que não consigo entender. Esse é um disco onde as árias foram gravadas de forma independente, não há uma direção cênica. O cantor interpretou as músicas como ele as sente, e, na minha opinião o fez muito bem.

Em resumo, gostei bastante do disco e recomendo-o.

Um comentário:

  1. Caro Eduardo,
    Obrigado por esta óptima apreciação do CD do Ildebrando D'Arcangelo que também já ouvi. Concordo consigo no que respeita à qualidade interpretativa do cantor no CD.
    Mas devo confessar que, quando ouvi DÁrcangelo ao vivo (o que só aconteceu uma vez) fiquei decepcionado porque acho que a voz não tem a potência e emotividade esperadas.
    É um daqueles casos que beneficia muito da gravação em estúdio.
    Talvez por isso o Eduardo também achou que ele é MUITO melhor no CD que ao vivo.

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